Pular para o conteúdo principal

Educação Online: conceito





Aos 44 minutos do vídeo acima, a Profa Dra Edméa Santos fala sobre o conceito de Educação Online, no contexto da Cibercultura e das Tecnologias Digitais em Rede, e afirma que "estar geograficamente disperso não é estar distante". 

A noção da Educação Online, desenvolvida há 10 anos pela professora, "é inspirada nas práticas culturais, comunicacionais, e pedagógicas da Cibercultura. As pessoas envolvidas na Cibercultura, elas se encontram, buscam redes, formam grupos, acessam informação, mapeiam informação, e produzem outros saberes articulando várias mídias, não só individualmente, mas com o outro via essa mediação, então, uma vez que o o sujeito está geograficamente disperso, mas que pode comunicar-se com o outro via rede, via ambientes virtuais, software de redes sociais, a autora acredita que não é mais tão interessante falar de distância, porque estar geograficamente disperso, não é estar distante".

Mas, então o que realmente, muda para o professor quando se fala em "Educação Online", quando se fala dessas novas demandas trazidas pela "Cibercultura"

A professora diz que: "Na Educação a Distância convencional, mediada pelos meios de massa, a exemplo dos impressos, dos próprios áudio-visuais, a autoria do professor está  concentrada na autoria do material didático, então muitas vezes o professor produz o desenho didático de uma situação de aprendizagem, ele produz o conteúdo, e é esse conteúdo que vai fazer a mediação entre o saber científico, a instituição e o aluno que está lá na outra ponta recebendo, interagindo com isso tudo, e a lógica de comunicação estava centrada no auto-estudo. Com a internet, com a Cibercultura, a gente não só lança mão do auto-estudo, mas sobretudo da aprendizagem colaborativa e em rede, e isso muda tudo. O professor além de produzir esse conteúdo, articulando mídias, fazendo convergências, ele tem o papel fundamental que é fazer a mediação dessa comunidade de aprendizagem, garantindo a densidade dos conteúdos, fazendo novas provocações, arquitetando novos percursos de interatividade, então o papel do professor é efetivamente, o papel de mediador de todo esse processo de ensinar e de aprender".


Então, retomo a questão central de pesquisa: "Como avaliar a aprendizagem dos estudantes considerando o contexto da Cibercultura" ?

Vamos continuar com a discussão ? :) 
Conto com cada um de Vocês. 

[]s
Cristiane Koehler.

Comentários

  1. Olá pessoal!
    Neste momento, parece difícil ter uma resposta definitiva para a avaliação no contexto da cibercultura. Mas, vamos começar!
    Acredito que um conjunto de critérios devam ser definidos, apresentados e muito bem explicados aos alunos, na primeira oportunidade semana de aula. A interatividade pode ser um dos critérios de avaliação.
    Quem se anima a continuar!
    Abçs.
    Eunice

    ResponderExcluir
  2. Olá Eunice, tudo bem ? :) que bom tê-la aqui nos comentários desse novo post ... A cibercultura tem suas especificidades que precisam ser consideradas no contexto educativo. Particularmente, penso que precisamos identificar estas especificidades deste novo contexto, destes novos espaços educativos e então pensar em como propor critérios para acompanhar a aprendizagem dos estudantes, considerando um conceito muito importante que é a colaboração, o que pensas ? continuamos conversando ...
    []s Cristiane Koehler.

    ResponderExcluir
  3. Nós, professores, estamos sempre buscando nos atualizar em frente aos avanços da tecnologias, afinal não somos da geração informação. No entanto, os alunos dos ensino fundamental e médio, pelo menos os da rede estadual de ensino, ainda não têm esta visão. A internet ainda é um meio de entretenimento. Embora os professores estejam se empenhando em motivá-los ao uso da internet como fonte de informação e pesquisa, ainda enfrentamos alguns obstáculos como qualidade da banda larga, popularização do equipamento e laboratórios de qualidade nas escolas.
    Kátia Elias,

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Kátia, que bom receber o teu comentário aqui na discussão. Quanto ao fato dos estudantes ainda usarem a internet apenas como meio de entretenimento, penso que cabe a nós educadores, mostrar a eles que a internet e todas as ferramentas aqui disponíveis no ciberespaço, podem sim, ser utilizadas para aprender, para colaborar em rede, criar e cocriar em espaços educativos online. Nós educadores precisamos mostrar aos nossos estudantes como usar as redes e o ciberespaço nos processos de aprendizagem. Isso é uma mudança de cultura e de visão de mundo, cabe a nós mostrar essa possibilidade de mudança a eles, que tal ? continuamos conversando ... Cristiane Koehler.

      Excluir
  4. Olá colegas!
    Acredito que uma variável importante seja o envolvimento do educando e do educador no processo de ensino-aprendizagem.
    Estando ambos envolvidos, acredito que interação, interatividade, colaboração... como exposto pelas colegas, poderá fluir com mais facilidade.

    Boa semana,
    Andressa

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Andressa, olá tudo bem ? :) concordo plenamente contigo, o envolvimento de ambos, educando e educadores, no processo de ensinar e aprender é essencial, tanto na sala de aula presencial quanto na sala de aula online :) Os ingredientes importantes para tal envolvimento na sala de aula online são, sem sombra de dúvida, a interação, interatividade, colaboração, cooperação .... mas como proporcionar tudo isso em uma sala de aula online e como acompanhar e avaliar a aprendizagem do estudante nessa sala de aula online ? continuamos conversando ... abraço Cristiane Koehler.

      Excluir
  5. Olá!

    Parabéns pelo post. Acredito que um AVA bem estruturado permitiria, nas devidas proporções, a avaliação da aprendizagem nesse contexto. Pode-se propor atividades que propiciem a interação entre os alunos, como por exemplo a elaboração de um trabalho no qual os participantes tenham acesso ao material com atributos de escrita, podendo inserir sugestões e comentários complementando o texto proposto pelo docente, algo parecido com o que estamos fazemos agora.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

O Poder das Conexões - Nicholas A. Christakis e James Fowler

Nesta semana iniciei a leitura do livro Connected de Nicholas Christakis e James Fowler (2009). Este livro trata do quanto as redes das quais fazemos parte influenciam nossas vidas, desde o trabalho, a saúde, as emoções, dentre outros aspectos.  Os autores mostram a partir de pesquisas científicas em diversas áreas do conhecimento  o quanto é importante as redes e, principalmente, as relações sociais possíveis nestas redes. O que é importante são as relações e as interações e não simplesmente um indivíduo em particular.  Precisamos compreender a quais objetivos as redes sociais servem ? Como as redes nos afetam ? Como e por que as redes sociais operam e quando elas nos beneficiam ? Como as redes funcionam ? Como são estruturadas ?  Estas e tantas outras questões são discutidas no primeiro capítulo deste livro, que proporciona uma leitura agradável e ao mesmo tempo, nos desafia a pensar sobre as nossas relações, nosso comportamento e sobre as coisas que acontecem conos

Desafios para a educação na sociedade do conhecimento - por Viviane Mosé

A filósofa Viviane Mosé apresenta, em vídeo , uma discussão sobre os desafios para a educação na sociedade do conhecimento. Segundo a filósofa, nos  últimos vinte anos houve uma mudança radical na sociedade que foi a democratização do conhecimento. A internet inaugura o que foi chamado de sociedade da informação , que logo mais tarde, passa a ser chamada de sociedade do conhecimento . A sociedade da informação disponibilizou o acesso a grandes bancos de dados para a tomada de decisão. Atualmente, com o advento das redes, mais especificamente, das redes sociais, o homem, além de ter acesso aos bancos de dados, também tem acesso a outras pessoas ao vivo e, em tempo real, para discutir questões que são do seu interesse. Logo, hoje tem-se uma sociedade do conhecimento que produz conhecimento em tempo real e, esse conhecimento pode ser acessado de qualquer lugar, a qualquer hora, a partir de um dispositivo móvel. Na sociedade do conhecimento, na sociedade em rede, o homem precis

Tendências para a Educação Superior (2014-2018)

O relatório HORIZON REPORT apresenta as 6 tendências e 6 tecnologias que fazem parte das perspectivas para o Ensino Superior no mundo até 2018. Este relatório é um esforço colaborativo da NMC e do EDUCASE, além de pesquisadores e professores preocupados em pensar as tendências para a educação nos próximos anos. Este relatório faz parte da décima edição e apresenta tendências para a educação nos diversos níveis de ensino, desde a educação básica até a educação superior.  O objetivo é identificar e descrever tecnologias emergentes que possam ter impacto na aprendizagem, no ensino e na pesquisa relacionada à educação.  Neste ano, 6 tendências e 6 tecnologias foram identificadas para serem implantadas num horizonte máximo de 5 anos.  Vamos conferir ?  Cristiane Koehler.